Onde nasce o Amor

Por: Pablo Marques
Quem conhece o coração alheio? O ditado diz que, a boca fala do que o coração está cheio. Parcialmente é verdade sim, mas esse órgão é terra que ninguém anda. Conhecê-lo é tarefa muito difícil e exige muita minúcia. É um imenso tapete rubro onde estão derramados todos os objetos da vida, que se acumularam por um longo tempo e que, volta-e-meia a mente pede licença para relembrá-los.
Dizer que somos incapazes de usá-lo é pura ignorância, pois, até os Gângsteres amam. E o amor só pode ser construído nele, pois é o único que possui as ferramentas necessárias para criá-lo: carinho, afeto, respeito e compreensão. Sentimentos incondicionais que fazem parte de uma estrutura descomunal que quando chega deixa-nos trêmulos, ofegantes, gagos, suando frio, imóveis, balançados e incapazes de dizer não. Só deixamos o extinto agir, e a força que envolve o momento entrar em ação. Então tudo se transforma em flores, e flores vermelhas, às quais expressam paixões constantes. Esquecemo-nos de tudo ao nosso redor, o mundo parece não existir, e perdemos o chão debaixo de nossos pés, porque flutuamos com as asas do coração, que brilham a tal ponto que, nosso semblante denuncia que estamos amando. Não há como esconder coisas que são inefáveis e imensas.
É o novo sentido da vida, que se revigora e se alimenta da presença do ser agraciado com tamanho poder, o poder que move o mundo, o poder que nasceu com o próprio poder, e que se manifesta até hoje, e que ainda se manifestará pelo menos por toda a eternidade. O amor!
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